27 de set. de 2011

AS COMPARAÇÕES E AS COBRANÇAS QUE DESTROEM OS RELACIONAMENTOS

Um dos maiores desafios da vida é aprendermos a nos relacionar de forma equilibrada, resgatando nossos carmas do passado com as almas que estão conosco na vida presente.
As relações familiares, amorosas, profissionais, de amizade, da escola, do esporte, do clube e até do salão de beleza que frequentamos, enfim, todos os contatos que estabelecemos com quem permeia nossa vida são extremamente importantes em nosso contexto evolucionário.
É por meio das relações que começamos a despertar os sentimentos mais lindos e também os mais destrutivos. É nos relacionamentos que aprendemos o amor, o respeito, a admiração, o cuidado, o carinho, a alegria, a felicidade. Infelizmente, é nos relacionando que também aprendemos a lidar com a dor de uma perda quando alguém morre, com a dor da traição e da mágoa. Muitas vezes, nos relacionamentos, sentimos raiva, competimos, experimentamos a inveja, a discórdia, os diferentes pontos de vista e as convicções que causam o afastamento temporário. Temporário porque duas pessoas podem ser dar as costas nesta vida, mas no futuro, em algum lugar, elas voltam a se encontrar para resolver o que ficou para trás. Por isso, quem compreende o contexto de eternidade gosta de resolver tudo da melhor forma possível no momento presente, conversando, dialogando e chegando a um consenso bom para todas as partes envolvidas, pois deixar para resolver problemas de relacionamentos em uma próxima vida é ter a certeza de pagar uma conta mais cara, com “juros” e “correção monetária”.
Nas experiências terapêuticas, percebendo que um dos maiores problemas do ser humano eram “os outros” e nunca ele mesmo, que a culpa era sempre de alguém, identifiquei dois sentimentos densos que, na minha opinião, acabam com qualquer relação: as comparações e as cobranças. E não percebi isso somente no consultório, mas dentro da minha própria família.
O ser humano, com seu mar de carências existenciais, em vez de mirar em si mesmo, de projetar o seu futuro, de criar algo novo, tem o vício de se comparar aos demais. Muitas vezes, alguém que poderia ser brilhante e realizado fica somente se comparando com os outros, gerando um desgaste em sua vida e na vida de outras pessoas, tentando imitar, fazer igual e copiar um padrão, ao passo que, se houvesse um esforço da sua parte para ser mais criativo, poderia encontrar soluções autênticas, originais.
A genialidade de um ser reside em sua capacidade de criar coisas novas, de mover o mundo por meio de novas propostas de crescimento, o que se torna a mola propulsora dos tempos atuais. Portanto, comparar-se com os outros não é saudável. Cada um de nós foi “projetado” sob medida para o cumprimento de nossa missão, de nossa evolução, por isso seria muita pretensão de nossa parte pensar que somos o outro. Essas comparações afetam os relacionamentos porque, principalmente em nossa família, nos sentimos no direito de dar palpites na vida de nossos familiares. Obviamente, se vemos um irmão ou nossos pais sofrendo, é nosso dever alertar, mas viver a vida do outro causa um grande sofrimento, em primeiro lugar porque nos desvia de nossa missão e em segundo lugar porque sufoca a outra pessoa sem que ela consiga decidir por si mesma, fazendo com que fique dependente dos demais. Em muitos casos, só se aprende errando e precisamos permitir que o outro erre para que ele perceba os aprendizados de forma experimental. Muitas vezes só sentindo a dor na pele para termos o julgo de certo e errado. E quem somos nós para interferirmos nos aprendizados alheios? Mesmo que seja um filho pequeno, muitas vezes só quando ele se queima entende o que é o fogo, só quando cai compreende a dor que a lei da gravidade pode causar, só quando toma um banho de chuva compreende a gripe que a água pode trazer e a vida é assim... Eu fui entender o sentido dos avisos de minha mãe como “pegue um guarda-chuva”, “coloque um casaco” quando eu já era adulta e ela não estava por perto para me alertar. Depois de algumas gripes feias e tremendos banhos em uma fria chuva, hoje já não esqueço o agasalho e o guarda-chuva. Esse é um exemplo bem simples, mas, se ela tivesse permitido que isso acontecesse lá na minha infância, eu não levaria tanto tempo para aprender. Certamente, uma mãe ou um pai que possuem amor pelo seu filho vão protegê-lo dos “males” do mundo, vão tentar evitar um machucado ou um mal maior. Entretanto, muitas vezes, se possuíssemos um toque da firmeza oriental em nossa educação, poderíamos nos tornar adultos menos infantis.
Algo muito comum atualmente é o prolongamento da adolescência no caso de filhos que moram com os pais até os quarenta anos ou mais. Será que esse fato proporciona mais ou menos evolução? Esse questionamento é intencional de minha parte, para produzir reflexão. Será que uma pessoa que já está há quatro décadas morando com os pais consegue abandonar o ninho, evoluir, superar desafios? Será? Pense nisso!
Muitas pessoas reclamam de não terem criatividade, mas em compensação não fazem nada para desenvolvê-la e colocam a culpa em seus pais, que deveriam ter-lhes estimulado mais quando pequenas. E aí começam as cobranças, que vêm das comparações. Ouvem-se muitas frases como:
– Veja seu irmão: é um excelente atleta; e você aí, sedentário!
– Olha só! Sua irmã com outro dez em matemática e você...
Muitas vezes o pai e a mãe, quando já não sabem mais o que fazer para um filho se comportar do jeito que eles acham correto, estimulam a competição dentro da própria casa, comparando-o com os irmãos e, no caso de filho único, com primos e colegas.
Isso gera uma competição desenfreada ou um estado de baixa autoestima naquele ser que não deseja ser um esportista. E, muitas vezes, ele nem sabe ainda o que quer. Muitas vezes, o que ele quer é não querer nada, até que um dia se conheça o suficiente para saber o que deseja fazer.
Por isso, nascemos todos diferentes, para evoluirmos na diversidade, e não para sermos comparados a produtos em uma linha de produção. Muitos pais ainda hoje possuem a ilusão de que, se resolverem ter cinco filhos, eles serão todos iguais. Ledo engano! Nossa consciência é eterna e caminha conosco há muito tempo, já habitou muitos corpos e hoje é o resultado de todas as nossas experiências. É isso que nos traz a dádiva de sermos únicos e somente nós mesmos. Com toda a experiência que possuímos, podemos tomar as nossas próprias decisões. Nesse contexto, comparar-se aos outros é negar toda a inteligência universal, pois como nos podemos comparar a alguém? Se não conhecemos nem a nossa história completa desde as primeiras encarnações, como poderemos conhecer a história do outro e ficar nos comparando? Parece incoerente, não é mesmo?
Gosto muito de uma frase do mestre Confúcio, que diz o seguinte: “Cobra mais de ti e espera menos dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.” Nesta frase, o sábio da antiguidade mostra que, quando colocamos muitas expectativas nas ações de outras pessoas e elas não conseguem supri-las, nos aborrecemos. Entretanto, quem esperava do outro, quem colocou as expectativas fomos nós mesmos, portanto deveríamos nos aborrecer conosco, e não com o outro. Muitas vezes o outro não nos prometeu nada, nós é que esperávamos... Então vem a decepção... Decepção com quem? Com o outro, pois projetamos tudo de ruim nas outras pessoas. Sempre foi alguém e nunca nós mesmos... Quando vamos aprender a assumir as nossas responsabilidades?
Na grande maioria das vezes, as prioridades das outras pessoas não são as nossas, e por isso nos decepcionamos, porque não conseguimos comunicar aquilo que queremos nem conseguimos estabelecer os devidos limites. Essa falta de equilíbrio em expressar as nossas questões com muita clareza, combinando e acertando todos os detalhes, pode ser a nossa ruína. Se não formos firmes acerca de nossos propósitos, nunca alguém vai dar prioridade para as nossas questões, porque nem nós mesmos priorizamos! Atualmente, é assim que as coisas funcionam, com cobrança e sob pressão, e eu desejo profundamente que um dia o mundo mude, que cada um saiba das suas responsabilidades e cumpra seus prazos e tarefas sem que se necessite de tantas cobranças. No entanto, o que ocorre é que muitas vezes pegamos toda a pressão que sofremos principalmente no trabalho e a levamos para dentro de nossas casas, exigindo dos membros de nossa família, de forma dura, o comportamento que achamos adequado. Como somos muito diferentes e nos comportamos de maneiras diversas, surgem as brigas, as discussões, a famosa expressão “não dá mais”, a intolerância e muitas vezes as doenças que geram o desequilíbrio, o fim de uma família e o início de um carma muito maior. Reflita sobre isso. Como está a harmonia familiar e nos demais relacionamentos em sua vida?
Você cobra demais das pessoas? É exigente, autoritário? Ou é daquelas pessoas que “não têm boca para nada”, que não conseguem reagir diante de uma adversidade?
Lembre-se sempre de que a primeira relação que precisa ser equilibrada é a sua relação consigo mesmo, construída sobre as bases sólidas do amor, da admiração, de gostar-se e poder contar consigo nas horas difíceis. Uma das melhores coisas que existem é saber que, em um momento crucial, você estará ali para dar apoio a si mesmo de forma integral. É muito bom poder contar consigo mesmo, com o Eu Superior ou com os Corpos Superiores, pois nos sentimos fortes, brilhantes, poderosos. A autoestima não se baseia em beleza física, mas em prestarmos um “autossocorro” quando necessitamos de nós mesmos.
E, somente depois de estabelecermos uma relação equilibrada conosco, poderemos estabelecer bons relacionamentos com tudo aquilo que nos rodeia.
Lembre-se de que obedecemos às mesmas leis que criaram o universo. Uma pequena partícula inicial gerou galáxias, planetas e tudo o que existe, portanto a cura começa sempre dentro, na parte mais íntima do nosso ser, e vai atravessando camada por camada até que envolva tudo e todos os que estão à nossa volta.

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Fonte: Blog Luz da Serra


DHYANA YOGA

(Bhagavad Gita - Cap VI - versos 1 a 9)

1. A Suprema Personalidade de Deus disse: Aquele que não está apegado aos frutos de seu trabalho e que trabalha conforme sua obrigação está na ordem de vida renunciada e é um místico de verdade, e não aquele que não acende nenhum fogo nem cumpre dever algum.

2. Fica sabendo que aquilo que se chama renúncia é o mesmo que yoga, ou união com o Supremo, ó filho de Pandu, pois só pode tornar-se um yogi quem renuncia ao desejo de gozo dos sentidos.

3. Afirma-se que quem é neófito no sistema ióguico óctuplo recorre ao trabalho; mas quem já está elevado em yoga atua através da cessação de todas as atividades materiais.

4. Diz-se que alguém está elevado em yoga quando, tendo renunciado a todos os desejos materiais, não age em troca de gozo dos sentidos nem se ocupa em atividades fruitivas.

5. Com a ajuda de sua mente, a pessoa deve libertar-se, e não degradar-se. A mente é amiga da alma condicionada, e sua inimiga também.

6. Para aquele que conquistou a mente, a mente é o melhor dos amigos; mas para quem fracassou nesse empreendimento, sua mente continuará sendo seu maior inimigo.

7. Quem conquistou a mente já alcançou a Superalma, pois vive com tranquilidade. Para ele, felicidade e tristeza, calor e frio, honra e desonra é tudo o mesmo.

8. Diz-se que alguém está estabelecido em auto-realização e se chama um yogi (ou místico) quando está plenamente satisfeito em virtude do conhecimento e percepção adquiridos. Ele está situado em transcendência e é autocontrolado. Ele vê tudo – seixos, pedras ou ouro – como a mesma coisa.

9. Considera-se que tem maior avanço quem vê benquerentes honestos, benfeitores afetuosos, os neutros, os mediadores, os invejosos, amigos e inimigos, os piedosos e os pecadores – todos com mente igual.


O Capítulo 6 ensina que a meditação é o meio para buscar a consciência de Deus, o propósito de todos os Yogas. Quando a mente é direcionada a Deus, com um entendimento compreensivo, nossa percepção, atitude e desejos pelo mundo mudam automaticamente. “Os objetos dos sentidos afastam-se dele que está sóbrio, mas o gosto dos objetos persiste. Mantendo-se no Supremo, mesmo esse gosto cessa”. Assim, pela experiência da consciência de Deus através da meditação contínua, percebe-se a unidade na diversidade e todos os desejos se findam.

Yoga da meditação

O Bhagavad-gita enfatiza com frequência que a melhor maneira de livrar uma pessoa dos seus desejos mundanos é ocupar sua mente em consciência de Deus. 

Uma pessoa completamente consciente de Deus mantém sua mente em pensamentos relacionados com o Senhor e alcança Sua graça divina, tornando-se plenamente satisfeita e autocontrolada. Mas quem não é autocontrolado e não tem a mente tranquila não encontra condições favoráveis para praticar meditação. 

A menos que a mente esteja sob controle, a prática da yoga não passa de uma mera exibição, pois a pessoa continuará vivendo com sua pior inimiga dentro de si e, enquanto isto, terá de continuar a servir os ditames da luxúria, cobiça e ira. 

Praticar a renúncia do gozo pessoal dos sentidos com o propósito de se ocupar no serviço devocional para o prazer do Senhor é a perfeição da renúncia. Um yogi perfeito age sempre baseado na sua relação amorosa com o Senhor e, por isso, está sempre preocupado em dar prazer ao Senhor. Pela negação de todos os pensamentos mundanos, pela constante lembrança de Deus, através do estudo das escrituras, japa, kirtan e meditação, torna-se um sannyasi (renunciado). 

Quando alguém controla o mais baixo eu pelo mais alto Eu, a mente, os sentidos e o corpo são controlados. 

O Eu torna-se um amigo; de outra maneira, esse mesmo Eu se tornará seu inimigo. Ele, que controla seu corpo, mente e sentidos,  pode permanecer calmo no prazer e na dor, no quente e no frio, na honra e na desonra. O perfeiro yogi ou santo vê Deus em tudo.

Controlando os pensamentos e sentidos, ele precisa praticar a meditação para a purificação da alma. Assim ele alcança a paz suprema ou libertação. A mente precisa descansar em Deus, como uma lamparina que se encontra em um lugar sem vento. Quando a mente está controlada pela prática da meditação, realiza o Eu interior. Quando a mente experimenta tal bem-aventurança (ananda), o yogi sentirá que não há nada a mais nesses três mundos que valha possuir e não será perturbado, por mais amargo que seja o pesar do mundo.

Sadhana é um processo que dura uma vida. A todo momento, deve-se pensar em Deus. Sempre que a mente, devido ao seu hábito, desgarra-se do objeto da meditação, deve se esforçar e fixar-se de novo naquele objeto. Pela prática constante, o mediador e o objeto da meditação tornam-se Um, e, então, o praticante desfrutará da bem-aventurança suprema. O yogi com a mente harmonizada verá o Eu em todos os seres e todos os seres no Eu. O yogi ou o santo perfeito agirá como um instrumento nas mãos de Deus.


Fonte: Bhagavad Gita Online e Blog Yoga Hanuman.

15 de set. de 2011

CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE




No programa espírita Transição, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira (psiquiatra com mestrado na USP) fala novamente sobre suas pesquisas da glândula pineal (ele associa os cristais de apatita a receptores de ondas eletromagnéticas, que "recebem" as informações através da mediunidade) e outros assuntos referentes a junção da ciência com a espiritualidade.


É sempre um alento, para espíritas e espiritualistas, perceber que ainda existem cientistas que levam a sério suas pesquisas nessa área - sem apelar para explicações pseudo-científicas nem para uma mistura exagerada entre ciência e religião. Creiam no que ele estuda ou não, ninguém pode dizer que o Dr. Sérgio não está utilizando uma abordagem puramente científica:





(Caso não consiga visualizar o vídeo acima, acesse-o no YouTube)



Lá por 17:40 ele cita sua participação no programa "Comando da Madrugada" do apresentador Goulart de Andrade. Ele cita o caso de um médium que é examinado enquanto incorporado, e os aparelhos medem seus padrões cerebrais (eletroencefalograma). Então o apresentador pede para que o suposto espírito incorporado cause uma reação não-natural nos padrões cerebrais do médium - algo que não pode ser feito nem de forma conciente nem inconsciente, segundo os neurologistas -, e para a surpresa dele na análise dos padrões cerebrais realmente se nota essa reação, atualmente algo absolutamente inexplicável pela ciência. Apesar da péssima qualidade do vídeo (céticos dirão que é proposital, mas quando passou na TV certamente a qualidade era melhor), encontrei o trecho exato deste programa no YouTube:



Entretanto isso ainda não é uma prova da existência dos espíritos. Porque? Simplesmente porque não é replicável, ou seja, não é possível que algum outro médium noutro laboratório de pesquisa possa garantir que algum espírito virá, e que tal espírito poderá causar também esse tipo de reação. Poranto, não é prova, mas é algo muito estranho mesmo assim... Algo que a ciência "oficial" não explica.


Ver também:


» Uniespírito (projeto idealizado pelo Dr. Sérgio)


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Fonte: O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Autoria do escritor Rafael Arrais (raph.com.br)


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10 de set. de 2011

DICA MUSICAL UNIVERSALISTA | OM NAMO BHAGAVATE (DEVA PREMAL)

Um pouco de louvor! Excelente final de semana, vivendo o Amor, a todos!

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