Os princípios do espiritismo são universais. Isso significa que eles podem ser encontrados em todas as épocas e em todas as culturas e religiões da humanidade.
O espiritismo, enquanto conjunto de princípios universalmente aceitos, já existia há milhares de anos antes de Kardec. Acontece que esses princípios nem sempre estiveram ao alcande do povo... ficavam velados, de forma oculta, esotérica (fechada) e eram liberados apenas para pequenos grupos de iniciados ou discípulos, sejam budistas, egípcios, discípulos de Jesus, etc.
Toda religião tem dois aspectos:
O esotérico (que significa “fechado”, oculto, interno)
O lado esotérico de cada religião ou doutrina é justamento o aspecto universal. São princípios comuns, que fazem parte de todas as doutrinas religiosas, há milhares de anos. Karma, reencarnação, mediunidade, etc. são exemplos de alguns conhecimentos universais. Mudam muito pouco de uma doutrina para outra.
O exotérico
É o aspecto externo, que se adapta de cultura para cultura, de povo para povo. Abrange os rituais, os mantras, as técnicas de meditação, orações, práticas magísticas (técnicas energéticas), etc.
Neste aspecto, também podemos encaixar os mitos de deuses de algumas tradições, que mudam por fora (exotérico), mas que possuem significados profundos e simbólicos muito parecidos (esotérico).
Muitos dizem que as outras religiões não conhecem a mediunidade e a lei da reencarnação como a doutrina espírita. Não é bem verdade. O povo sim, tinha e ainda tem muitas crendices, pois o aspecto exotérico de cada religião é aquele aspecto que se adapta conforme a cultura de cada povo... mas, os sábios de cada doutrina sempre tiveram muito conhecimento (esótérico, profundo e fechado), porém, o velavam ao povo e aos faraós. Jesus também fazia isso – ao povo, falava através de parábolas.
A mediunidade sempre ocorreu no mundo inteiro, inclusive no Oriente, mas no séc. XIX ocorreram manifestações de forma maciça. Com as grandes ocorrências mediúnicas ocorrendo na Europa e na América, pesquisadores e cientistas resolveram investigar os fenômenos. Entre eles, temos Allan Kardec, que propôs uma codificação (reunião de leis e códigos; compilação de textos de vários autores) dos ensinamentos que os espíritos estavam transmitindo.
Kardec deixou claro que seu trabalho era uma base. Ela não diz tudo... André Luiz, Ramatís, Pietro Ubaldi... e outros médiuns e espíritos têm contribuído com a ampliação dos nossos conhecimentos. Além disso, O Livro dos Espíritos nos recomenda estudarmos outras religiões também.
Portanto, a doutrina espírita, codificada por Kardec, surgiu no século XIX, mas os princípios do espiritismo são milenares e universais.
Não podemos achar que a doutrina codificada por Kardec é melhor que outras religiões. Na verdade, tudo se complementa. A obra kardequiana é pioneira em muitos aspectos, mas, não podemos nos fechar nas obras básicas, caso contrário, nos tornamos “kardecistas”... e isso Kardec nunca quis.
Texto de Victor Rebelo, para a Revista Cristã de Espiritismo.
O espiritismo, enquanto conjunto de princípios universalmente aceitos, já existia há milhares de anos antes de Kardec. Acontece que esses princípios nem sempre estiveram ao alcande do povo... ficavam velados, de forma oculta, esotérica (fechada) e eram liberados apenas para pequenos grupos de iniciados ou discípulos, sejam budistas, egípcios, discípulos de Jesus, etc.
Toda religião tem dois aspectos:
O esotérico (que significa “fechado”, oculto, interno)
O lado esotérico de cada religião ou doutrina é justamento o aspecto universal. São princípios comuns, que fazem parte de todas as doutrinas religiosas, há milhares de anos. Karma, reencarnação, mediunidade, etc. são exemplos de alguns conhecimentos universais. Mudam muito pouco de uma doutrina para outra.
O exotérico
É o aspecto externo, que se adapta de cultura para cultura, de povo para povo. Abrange os rituais, os mantras, as técnicas de meditação, orações, práticas magísticas (técnicas energéticas), etc.
Neste aspecto, também podemos encaixar os mitos de deuses de algumas tradições, que mudam por fora (exotérico), mas que possuem significados profundos e simbólicos muito parecidos (esotérico).
Muitos dizem que as outras religiões não conhecem a mediunidade e a lei da reencarnação como a doutrina espírita. Não é bem verdade. O povo sim, tinha e ainda tem muitas crendices, pois o aspecto exotérico de cada religião é aquele aspecto que se adapta conforme a cultura de cada povo... mas, os sábios de cada doutrina sempre tiveram muito conhecimento (esótérico, profundo e fechado), porém, o velavam ao povo e aos faraós. Jesus também fazia isso – ao povo, falava através de parábolas.
A mediunidade sempre ocorreu no mundo inteiro, inclusive no Oriente, mas no séc. XIX ocorreram manifestações de forma maciça. Com as grandes ocorrências mediúnicas ocorrendo na Europa e na América, pesquisadores e cientistas resolveram investigar os fenômenos. Entre eles, temos Allan Kardec, que propôs uma codificação (reunião de leis e códigos; compilação de textos de vários autores) dos ensinamentos que os espíritos estavam transmitindo.
Kardec deixou claro que seu trabalho era uma base. Ela não diz tudo... André Luiz, Ramatís, Pietro Ubaldi... e outros médiuns e espíritos têm contribuído com a ampliação dos nossos conhecimentos. Além disso, O Livro dos Espíritos nos recomenda estudarmos outras religiões também.
Portanto, a doutrina espírita, codificada por Kardec, surgiu no século XIX, mas os princípios do espiritismo são milenares e universais.
Não podemos achar que a doutrina codificada por Kardec é melhor que outras religiões. Na verdade, tudo se complementa. A obra kardequiana é pioneira em muitos aspectos, mas, não podemos nos fechar nas obras básicas, caso contrário, nos tornamos “kardecistas”... e isso Kardec nunca quis.
Texto de Victor Rebelo, para a Revista Cristã de Espiritismo.
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