30 de nov. de 2010

COMO DEVEMOS OFERENDAR NOSSOS ORIXÁS SEM AGREDIR A NATUREZA?

Texto de Géro Maita

Chegamos a mais um final de ano e no rito Umbandista as praias do litoral Paulista são tomadas por diversas tendas, centros ou terreiros de Umbanda num espetáculo de fé e amor a Mãe das águas salgadas YEMANJÁ.
Infelizmente nos dias de hoje com tanta informação sobre meio ambiente e pela necessidade de preservarmos o mesmo, encontramos logo após os festejos a Mãe Yemanjá as praias tomadas por um acumulo de lixo com sacos plásticos, garrafas, espinhos e demais elementos utilizados como ofertatório a um dos Orixas mais festejados a céu aberto no ritual umbandista.
Mas nos questionamos:
Se hoje lutamos dentro da Umbanda por um estudo teológico e doutrinário.
Por respeito de lideranças religiosas aos cultos sagrados praticamos na fé Umbandista
Pela separação do que é religião Umbandista e ditos "Pais e Mães de postes" e pelo atendimento raciocinado nos terreiro, por ainda não damos tanto valor preservação dos pontos de forças dos Sagrados Orixas?
É comum vermos não só em praias, mas em cachoeiras, estradas, pedreiras e demais pontos de forças dos Orixas uma verdadeira sujeira logo após os ritos ofertatórios aos mesmos.
Consciência religiosa vem também de dentro para fora do terreiro me se cada um fazer sua parte conseguiremos mais esta vitória.
Algumas dicas de preservação e oferendas inteligentes:
Não deixe vidros cortantes, ou louças nas oferendas: Além de serem dificeis de se decomporem na natureza, oferecem um grande risco aos que ali vão pisar depois, tanto para animais como para seres humanos, dê preferencia para elementos que se diluam rapidamente na natureza sem feri-la.
Use somente as pétalas as flores: Pois além de serem rapidamente consumidas pela natureza virando humos, não corremos o risco de com os espinhos contidos em seus galhos ferirem os pés de crianças e adultos que transitem pelas praias
Cuidado aonde acende sua vela: Tenha a cautela de recolhe-la após o rito e terminar de queima-la em seu altar, é triste presenciarmos a sujeira que isso deixa em alguns lugares e o risco de incêndio que pode causar
YEMANJÁ é uma energia, uma qualidade divina, ELA NÃO COME, NÃO BEBE, NÃO USA PERFUME nem tão pouco PENTEA OS CABELOS. Sou umbandista, respeito as oferendas, mas não podemos crer ainda que uma força da natureza PENTEIE OS CABELOS, BEBA CHAMPANHE OU COMA ALGUMA COISA, estes elementos "despachados" no mar somente poluem o mesmo, isso é mais uma atitude de consciência que devemos ter.
Sei que minhas palavras não serão compreendidas por todos, mas um culto a um Orixa dever ser repleto de amor, carinho, respeito doutrinário e fé, o elemento é mais fixador de energia vibratória do que religiosa.
E se ouvimos tanto falar que o "mundo de cá" é uma cópia do "mundo de lá", mentalize suas flores, doe seu amor incondicional a Yemanjá ou quaquer outro Orixa que isso chegará até ele de forma singela e sem agredir ao meio ambiente.
É preciso e chegado o momento de renovarmos nossos conceitos!

Rogando bênçãos a Mãe Yemanjá

Géro Maita - Sacerdote Umbandista
http://www.umbandadobem.com/

Postado por Centro Espiritualista de Umbanda Esperança
http://ceuesperanca.blogspot.com/


JESUS NÃO ERA EVANGÉLICO

Fico a conjecturar, se houvesse um retrocesso na história e Jesus voltasse novamente, não entre nuvens do céu na parousia em poder e glória, mas, novamente como o singelo profeta da Galiléia, e visitasse as zilhões de igrejas espalhadas pelo planeta que se intitulam cristãs, se Ele seria simpatizante de algumas das denominações instituídas do nosso tempo. Com certeza os “conheço as tuas obras” e os “tenho, porém, contra ti” sobre esses agrupamentos ditos evangélicos, atingiriam dimensões colossais.

Ora, Jesus, uma vez entre nós outra vez, certamente usaria da mesma sabedoria que usou quando andava pela Terra, nas ruas da Palestina, não aderindo a nenhum dos postulados dessas denominações, das propostas das grandes corporações da fé e dos super conglomerados da religião, das igrejas-empresa que superestimam números, estatísticas e resultados de crescimento numérico, não se encaixando em nenhuma bitola teológica sistemática ou dogmática, não se deixando caber em nenhuma fôrma doutrinária.

Essa recusa de ser domesticado pelos chicotes dos domadores do circo da religião atual é a mesma reação com que Ele se negou intermitentemente em tomar partido por qualquer das facções religiosas, políticas e humanitárias de Sua época: Os fariseus, com sua sobrecarga de regras e manias de assepsia exagerada, se vendo como santos de pau oco; os saduceus, sacerdotes profissionais do templo, incrédulos mundanizados que não criam na vida sobrenatural e futura; os essênios, escapistas, fugindo do mundo e se refugiando em mosteiros no deserto, achando que eram os exclusivos filhos da luz, que todas as pessoas do mundo estavam nas trevas, e iam torrar no fogo do inferno; os pragmáticos zelotes, xiitas radicais que esperavam derrubar o Império Romano se utilizando da violência das armas; os herodianos, entreguistas, colaboracionistas, puxa-sacos da família de Herodes, rei fantoche marionetado pelo governo romano.

Com certeza Jesus, se voltasse ao nosso tempo e adentrasse pelas naves das igrejas evangélicas da atualidade, não se deixaria seduzir pela pompa de seus cultos, pelo aparato ofuscante da maioria de suas liturgias, com Cristo exposto no nome, nos hinos e nas pregações, mas sem Cristo na devoção do coração, e não se alumbraria com suas proposições arrogantes, suas insolências fundamentalistas, seus testemunhos mirabolantes, suas pseudo-curas dissimuladas, por seus eternos cabos de guerra doutrinários puxados pelos defensores ferrenhos do calvinismo e do arminianismo, suas ênfases maniqueístas dicotômicas e esquizofrênicas, sua doutrina triunfalista com promessas de céu na terra, seus argumentos furados de prosperidade a qualquer preço, cujo slongan ortoprático é: “Os fins não justificam os meios. Tudo por mim mesmo e pela causa da minha conta bancária”.

E mais, Jesus detectaria de cara, traços inconfundíveis dos partidos religiosos de seu tempo camuflados na igreja da atualidade como os novos fariseus, com suas igrejas repletas de líderes de mente reduzida e exclusivista, com suas reações preconceituosas contra quem é e pensa diferente; os novos saduceus hedonistas que querem sentir prazer sensual em seus cultos preparados para entreter e acariciar seus egos mimados; os novos zelotes, que condenam e violentamente matam sumariamente os que não pensam como eles; os novos herodianos que vivenciam um cristianismo camaleônico, mimético e diluído entre o amor obsessivo ao dinheiro e o compromisso com as causas reais do Reino de Deus.

Jesus se voltasse hoje, teria que chamar novamente novos seguidores retirados das ruas, homens simples, alijados pela igreja e pela sociedade, e agregaria gente sincera e inconformada de dentro das igrejas instituídas e fundaria uma nova igreja, à semelhança do que aconteceu a dois mil e poucos anos atrás.

Essa igreja, a nova comunidade que encarna Cristo, a nova sociedade alternativa composta de discípulos que desacreditam no cristianismo falido dos nossos tempos com toda a sua sobrecarga de patologia e esquizofrenia aguda, mas que, apesar dos pesares, ainda amam e insistem em seguir a Jesus.


Por: MANOEL SILVA FILHO, DO BLOG GENIZAH

26 de nov. de 2010

EVANGELIZAÇÃO INFANTIL NA UMBANDA (APEU)

"Jesus ensinou que as crianças são mensageiras de Deus na Terra. Ter crianças presentes no Terreiro, nos mostra que a Casa é abençoada pelo Pai."
Caboclo Ubatuba - Mentor Espiritual da APEU.

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